Agência também vai publicar nota técnica sobre prevenção de infecções.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Dirceu Barbano, anunciou nesta sexta-feira (22) medidas para evitar o aumento nnúmero de infecções pela superbactéria KPC, resistente a antibióticos e que pode levar à morte. A instalação de dispensadores de álcool em gel em todos os ambientes de atendimento nos hospitais e clínicas públicas e particulares estão entre as medidas anunciadas. Barbano disse ainda que as farmácias devem passar a reter as receitas médicas para a venda de antibióticos, para comprovar que a exigência da Anvisa será cumprida. Segundo o diretor, as normas devem ser divulgadas no início da próxima semana, mas há um período de adaptação de pelo menos 60 dias para a obrigatoriedade do álcool gel e de 30 dias para a retenção de receitas nas farmácias. Técnicos da Anvisa estão reunidos desde esta quinta (21) para trabalhar em uma nota técnica, sobre prevenção a infecções hospitalares, e duas resoluções, a respeito das formas de prevenção a infecções nos ambientes hospitalares e da compra de antibióticos em farmácias, afirmou Barbano. A norma [da obrigatoriedade de notificação de infecções] já existe desde 1998, mas por essa situação de desconforto a respeito dessas informações [da superbactéria], esperamos que se aprimore o trabalho. Os municípios precisam de fato agir na cobrança da responsabilidade das unidades de saúde no cumprimento dessa norma" Segundo o diretor, os dados notificados à Anvisa pelas secretarias de saúde nos estados e no Distrito Federal mostram que a situação no DF é a mais preocupante no país. No DF foram notificados 157 casos entre julho de 2009 e 15 de outubro de 2010. São Paulo registrou 70 casos na Anvisa entre julho de 2009 e outubro de 2010, dos quais 24 resultaram em morte. Em outros quatro estados, os dados são referentes apenas ao período de julho de 2009 a julho de 2010: 3 no Espírito Santo, 4 em Goiás, 12 em Minas Gerais e 3 em Santa Catarina. "Certamente, em muitos desses casos a pessoa já se tratou e voltou para casa", disse Barbano. De acordo com a Anvisa, os números podem ser maiores, já que nem todos os casos registrados pelas secretarias estaduais de saúde foram notificados à agência. Segundo ele, os dados das próprias secretarias só são notificados à agência quinzenalmente. "A norma [da obrigatoriedade de notificação de infecções] já existe desde 1998, mas por essa situação de desconforto a respeito dessas informações [da superbactéria], esperamos que se aprimore o trabalho. Os municípios precisam de fato agir na cobrança da responsabilidade das unidades de saúde no cumprimento dessa norma", disse o diretor. Segundo ele, as reuniões do setor técnico trataram também da disponibilização de um software para que as notificações sejam feitas via web, mas não há prazo para sua implementação. Apesar as medidas anunciadas nesta sexta, Barbano afirmou que as infecções pela superbactéria não representam um risco superior à média de outras infecções registradas no Brasil. "Os casos não representam uma exceção. Estudos apontam que a taxa média de infecções no Brasil é de 14% entre pessoas que são identificadas em um quadro suscetível a infecções hospitalares, e os casos da KPC está dentro dessa média", disse Barbano. Estudos apontam que a taxa média de infecções no Brasil é de 14% entre pessoas que são identificadas em um quadro suscetível a infecções hospitalares, e os casos da KPC está dentro dessa média" G1 / Via: ADNEWS
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