Da Caters News
Um menino britânico conseguiu sobreviver sem sequelas a dois ataques de uma bactéria mortal que chegou até o cérebro dele. Ao comer um hambúrguer, Thomas Miller foi infectado com um subtipo perigoso da Escherichia coli que ameaça o sistema nervoso.
Tudo começou em junho de 2009. A família Miller, que vive na pequena Aspatria, no norte da Inglaterra, viajou para a Escócia e, durante o passeio, comeu hambúrguer bovino. No mesmo dia, James, que tinha sete anos, irmão mais velho de Thomas, teve diarreia, mas os pais Andrew e Joanne não ficaram alarmados.
O problema mais sério veio 24 horas depois, quando o caçula Thomas, na época com dois anos, ficou muito doente, e piorava rapidamente. Entre outros sintomas, o menino urinava sangue.
A bactéria caiu na corrente sanguínea. A partir daí, o que não passaria de um problema digestivo se espalhou pelo corpo. “Uma hepatologista o examinou e disse que ele deveria ir para um hospital de Newcastle para uma ressonância magnética, porque ela achava que havia algo errado com seu cérebro”, conta a mãe Joanne.
O exame mostrou duas hemorragias no cérebro de Thomas. “O que acontece com a E. coli é que ela entra nas veias e parte os vasos sanguíneos. Pedacinhos se soltam e circulam pelo corpo. Eles chegaram ao cérebro – que tem os menores vasos do corpo – e os bloquearam fazendo com eles estourassem e sangrassem”, explica Andrew, o pai.
A falta de circulação de sangue no cérebro paralisou o lado esquerdo de Thomas e o deixou cego dos dois olhos. Ele estava na terapia intensiva, isolado até dos pais. “Depois do exame, a médica disse que achava que ele não viveria até a manhã seguinte”, lembra a mãe.
Após dias de coma induzido, os médicos acordaram o menino, ainda sem saber que sequelas haveria. Ele não conseguia mexer nem os braços nem as pernas, e um dos médicos disse aos pais que ele provavelmente ficaria cego para sempre.
Thomas só recuperou a visão em agosto, depois de uma cirurgia para drenar dois abscessos que tinham se formado no cérebro. Depois de mais de quatro meses internado, o menino recebeu alta e voltou para casa.
Porém, a bactéria não tinha sido completamente removida do corpo, e novos abscessos surgiram. Eles só foram retirados por completo em fevereiro de 2010.
Para completar o drama, Thomas teve reação alérgica aos medicamentos. “Sua pele estava muito vermelha e queimada – os médicos disseram que era como se tivesse ficado no fogo. Eu fui pegá-lo e a pele saiu nas minhas mãos. Ele teve que consultar com um especialista em queimaduras”, relata o pai.
Mas agora, aos cinco anos, o menino está pronto para levar uma vida normal. “Agora, o Thomas adora a escola e está ansioso pelo Natal. Acho que ele esqueceu muito do que aconteceu, e provavelmente isso é o melhor mesmo”, diz Andrew.
O guarda de israel, com informações do G1
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