Essa é a opinião do renomado arqueólogo israelense Boaz Zissu, professor da Universidade Bar Ilan, ex-chefe da unidade para a proteção de antiguidades em Israel,
O debate sobre se Jesus pregou para uma população quase totalmente analfabeta ou se existiam muitos ouvintes com a capacidade de tomar notas escritas, tem sido mantido aceso por muitos anos. Aqueles que querem enfraquecer a confiabilidade dos Evangelhos preferem a primeira opção: se a população era analfabeta, apenas a tradição oral preservou as palavras do Filho de Deus. Isso levaria o debate sobre quão confiável é a transmissão oral em uma antiga sociedade baseada na memorização e oralidade.
Por outro lado, aqueles que acreditam na confiabilidade dos Evangelhos, citam que a sociedade judaica, bastante ligada ao conhecimento profundo das Escrituras, sem dúvida, tinha muitas pessoas capazes de escrever e tomar notas. Alguns apóstolos poderiam muito bem ter tomado notas dos ensinamentos de Jesus em tiras de madeira com camadas de cera.
Sabemos por Josephus que o sumo sacerdote Josué ben Gamala para 64 dC, antes da revolta judaica Roman-primeira teve como objetivo estabelecer um professor para cada 25 crianças em Israel ... para que muitas pessoas pudessem ser alfabetizadas. E o próprio Jesus muitas vezes repetia aos seus adversários: "Não lestes ...?". Como ele poderia falar assim se todos fossem analfabetos. Jesus poderia receber de volta uma indagação "como pergunta algo assim se nem você nem seus pescadores sabem ler?".
Porém, descobertas arqueológicas recentes em Israel apresentam fortes evidências de que era uma população muito letrada. Elas são defendidas pelo arqueólogo israelense Boaz Zissu, professor da Universidade Bar Ilan, ex-comandante da unidade de proteção de antiguidades em Israel e especialista em grafitti antigos.
O professor Jonathan J. Price, presidente do departamento de estudos clássicos da Universidade de Tel Aviv, conta com uma pequena equipe para analisar 13 mil textos em 10 idiomas.
Parados em uma rede de túneis subterrâneos usados pelos rebeldes judeus durante a Segunda Guerra judaica, em 135 dC, eles analisam as inscrições nas paredes. Uma palavra composta das letras hebraicas shin, peh e nun, é bem visível. Naqueles dias, assim como hoje, significa “coelho”. ”É uma palavra bem conhecida, que a Bíblia menciona diversas vezes, mas é a primeira vez que temos um registro dela no contexto do Segundo Templo, no século primeiro “, disse Boaz Zissu. "Aqui você pode ler algo escrito por um dos nossos antepassados há dois mil anos. É como receber um e-mail do passado".
Depois de terem decifrado todas as inscrições, o que levará alguns anos, poderão surgir evidências de registros sobre a pessoa e os ensinamentos de Jesus. As maneiras de como certas palavras aparecem escritas nesses grafitti reforça para os estudiosos a datação de cópias antigas dos Evangelhos.
Fonte: http://www.lpc.org.br/ / http://marcos andre club da teologia
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