O problema, para o Vaticano, é que Anna “encontrou Jesus” numa visita à Basílica de Assis, na Itália, anos atrás, e em 2008 tornou-se freira. Uma freira dançante, que protagonizava shows e também “danças santas” coletivas – ela, usando legging, camiseta sem mangas, braços para cima, axilas ao vento, barriga de fora e acompanhada de dançarinas que animavam o público — em diferentes cidades da Itália e de outros países da Europa. Mas principalmente no monastério da Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, em Roma.
“Utilizo o baile como forma de oração”, diz irmã Anna, que se declara “casada com Jesus”. Segundo a tradição, porém, na Basílica anexa ao monastério, que existe desde o século IV, estariam terra do local da crucificação de Jesus, em Jerusalém, e até uma relíquia da cruz, trazidas por Santa Helena de Constantinopla, mãe do imperador Constantino.
Apesar das seguidas demonstrações de fé de irmã Anna, algumas bem heterodoxas – “Jesus me devolveu a virgindade”, proclama –, o papa Bento XVI mandou fechar por tempo indeterminado o monastério onde ela mais se apresentava. O padre Ciro Benedettini, porta-voz do escritório de Imprensa do Vaticano, explicou a decisão, entre outras razões, como resultado de “uma investigação [que] detectou irregulariades financeiras e litúrgicas”.
Fonte: Enfu, Adaptado de VEJA
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