As cenas de banho da personagem, descrita no livro do profeta Samuel, vêm causando polêmica entre os cristãos. Alguns dizem que a nudez é algo natural e até citado na Bíblia, e por isso poderiam ser mostradas; outros condenam as cenas e desaprovam o ato de elas terem sido inseridas na filmagem.
O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, falou ao The Christian Post sobre o assunto e condenou a exposição de corpos em trabalhos de dramaturgia.
“Sou absolutamente contra. Não vejo nenhuma necessidade da exibição de corpos nus em qualquer trabalho de dramaturgia”, disse.
O líder religioso considera as cenas uma afronta, uma vez que o público alvo é “eminentemente religioso”. Para ele, os fiéis devem tomar cuidado com a sensualidade, “como também com tudo aquilo que nos leve a pecar contra o Eterno”.
“A exposição de corpos nus pode levar muitos a pecarem contra Deus cobiçando o que não pode ser cobiçado, além é claro, de levar outros a cometerem o pecado de fornicação”, afirmou. Para Vargens, o interesse da emissora nesse caso não é outro senão angariar audiência.
Ele incentiva os cristãos a terem na Bíblia sua única regra de fé. “Que sejam como os de Beréia que eram mais nobres que os de Tessalônica. Nossa visão deve ser fundamentada exclusivamente nas Escrituras. Portanto, se um filme bíblico ensina algo fora da Bíblia, deve ser rechaçado”, aconselha.
A igreja de Beréia, citada pelo apóstolo Paulo no livro de Atos, era descrita como formada por fiéis que verificavam nas Escrituras tudo aquilo que era pregado ou ensinado.
Filmes bíblicos
São muitas as versões e filmagens de histórias bíblicas feitas em minisséries e até filmes de Hollywood. Mas nem todos são fieis ao conteúdo das Escrituras.
Exemplos não faltam. Do clássico “Os Dez Madamentos”, de Cecil B. DeMille, lançado em 1956 até o polêmico “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, muitas são as tentativas de recriar passagens e narrativas bíblicas.
O motivo de muitos não serem fiéis ao texto sagrado tem origem no fato de que a prioridade para as produtoras e estúdios é o interesse financeiro, segundo o pastor Vargens. “A desculpa é glorificar a Deus, quando na verdade, o que motiva essa gente é a audiência. Nesta perspectiva, vale tudo, até mesmo, criar factóides”, diz.
Perguntado sobre os temas sexualidade e nudez, muitas vezes citados na Bíblia, não poderiam ser incluídos em produções cinematográficas, o líder aponta:
“A Bíblia narra, mas porque mostrar? Acho desnecessário. A TV poderia insinuar, mas não mostrar”, concluiu.
Notícias Cristãs com informações do The Christian Post
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