05 DE JUNHO DE 2014, ABUJA
O coletivo cristão do norte de Nigéria, onde é minoria, segue sendo o objetivo principal de *Boko *Haram, o grupo terrorista que leva em vários anos operando no país com extrema violência.
Ao menos nove cristãos que assistiam a um culto no estado de *Borno (Nigéria) no passado domingo foram assassinados. Umas horas depois, um ataque com bombas no estado vizinho de *Adamawa, numa zona de maioria cristã, deixou 48 vítimas mortais.
Segundo os líderes cristãos, o ataque a *Borno produziu-se por parte de dez homens armados numa Igreja dos Irmãos em Nigéria (*Ekklesiyar *Yan'*uwa uma Nigéria ou *EYN) na aldeia de *Attagara, próxima à fronteira com *Camaron. O exército mobilizou-se e enfrentou ao grupo armado, confronto no que morreram quatro dos atacantes de *Boko *Haram e outros três foram presos.
“Nossa igreja em *Attagara também foi atacada no domingo”, conta *Rebecca *Dalí, esposa do *presidente da entidade cristã, que registrou ataques em outras três aldeias da *zona.
“Meu marido finalmente contactou com a presidência em *Abuja, e um helicóptero militar foi enviado à zona para conter o ataque a estes povos cristãos”, disse *Dalí, que lamentou que não recebessem resposta por parte das autoridades de *Maiduguri.
Nos últimos meses “*Boko *Haram tem destruído 36 igrejas na área de *Gwoza. Só duas igrejas que não têm sido afetadas”, explica *Rebecca. Esta situação tem levado a muitos cristãos a fugir da zona para regiões do sul do país, e a outros a se marchar a *Cameron procurando um meio mais seguro.
A situação neste Estado segue sendo de *indefesa. Os militares estão pobremente armados em frente às milícias de *Boko *Haram.
ADAMAWA: ATENTADO COM BOMBAS
Supostos membros de *Boko *Haram também bombardearam neste domingo uma zona predominantemente cristã em *Mubi, estado de *Adamawa, deixando umas 50 vítimas mortais.
Os explosivos detonaram às 6 da tarde no área de *Kabang num bar onde se reuniam dezenas de pessoas para seguir um partido de futebol por televisão.
“Tinha alguns de nossos membros da igreja que se encontravam nas *imediações do atentado”, contou uma testemunha *presencial. “Os que morreram são em sua maioria cristãos. Alguns jovens cristãos também estavam a jogar ao futebol por perto da zona, e se viram afetados pelos bombardeios”.
A *EYN diz que dois membros de suas igrejas faleceram neste ataque.
NIGÉRIA, O PAÍS MAIS VIOLENTO PARA Os CRISTÃOS
A organização Portas Abertas tem publicado nesta semana seu relatório sobre os países onde os cristãos sofrem ataques mais violentos por sua fé, num estudo que realiza esta entidade a cada ano.
Este 2014 encabeça a pronta Nigéria. “A violência contra os cristãos em Nigéria nos últimos meses põe de manifesto a falta de liberdade religiosa que têm e os perigos diários que enfrentam pelo grupo terrorista islâmico *Boko *Haram e outras organizações islâmicas violentas”, disse David *Curry, presidente de *Open *Doors Usa.
“Ir à escola, assistir à igreja ou identificar-se como cristão é uma decisão muito valente” em algumas regiões de Nigéria. “Os cristãos de Ocidente devemos estar na brecha com nossas orações e apoio”, agregou *Curry.
Os outros países identificados na lista, que se baseava nos incidentes registrados entre 1 de novembro 2012 e o 21 de março de 2014 são os seguintes: Síria, Egipto, República *Centroafricana, México, Paquistão, Colômbia, Índia, *Kenia e Iraque.
Uma lista na que não aparece Coréia do Norte por falta de dados sobre ataques concretos, conta Jan *Veerman, responsável por Portas Abertas para este país. “O *extremismo islâmico, o *antagonismo *tribal organizado e a corrupção são os principais motores da perseguição que alimentam a violência -conclui *Veerman- sendo o *extremismo islâmico o principal motor em sete dos 10 países”.
'BRING BACK OUR GIRLS' PROIBIDO NA CAPITAL
Enquanto *Boko *Haram continua com sua campanha de terror, o caso das garotas sequestradas não mostra avanços significativos. A provável localização das menores não significa que as autoridades tenham ainda segurança de como atuar: um ataque poderia terminar com a vida das garotas. A possibilidade de um intercâmbio entre as menores e terroristas detidos também não convence ao Governo, que tem visto como a violência não tem feito mais que se incrementar nas últimas semanas, nas que se contam umas 500 vítimas mortais a mãos do grupo terrorista.
Ademais, o Governo vê com preocupação a “utilização política” por parte de seus opositores do *emblema '*Bring *back *our *girls'. Numa medida muito questionada, têm proibido qualquer tipo de manifestação com este lema ou outros semelhantes na capital, *Abuja, aludindo motivos de segurança.
Com Informações: Protestante Digital
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