Não posso ser hipócrita e dizer que ele não é importante. O dinheiro em si é necessário e não é pecado. Mas amá-lo e fazer qualquer coisa para possuí-lo é (1 Tm 6:10).
Dentro da Teologia, temos hoje uma vertente chamada Teologia da Prosperidade, também chamada de Confissão Positiva, Palavra de Fé, Movimento da Fé e Evangelho da Saúde e da Prosperidade. Suas raízes históricas se encontram em William Kenyon e Kenneth Hagin, ambos pregadores americanos século XX. O primeiro foi o inventor e o segundo o divulgador. No Brasil, é pregada pela maioria da igrejas neopentecostais e por pregadores como: Bispo Macedo, Apóstolo Valdomiro, R. R. Soares, Estevam Hernandes, entre outros.
Essa teologia professa que, enquanto cristão, eu tenho que automaticamente ser rico e de perfeita saúde. Caso isso não aconteça, é porque a pessoa está em pecado ou não tem fé. O material é focalizado em detrimento do espiritual. Outro fundamento é que Jesus era rico. Possuía casa na praia e tudo mais. Diz ainda essa teologia que temos o poder de determinar com as palavras toda sorte de bençãos. Que se dissermos que receberemos um carro novo de Deus, logo esse carro virá.
Toda essa teologia foi desenvolvida baseada em revelações, heresias, sincretismo e ignorância teológica de seus propositores. A Bíblia Sagrada ensina sobre prosperidade mas não Teologia da Prosperidade. O cristão, mesmo tendo fé e não estando em pecado, pode sofrer, ficar doente e ser pobre (João 16:33, Isaías 38 e Provérbios 22:2). Embora Deus possa nos deixar ricos, isso não é obrigatório. Nem todos são preparados para ficarem ricos. Muitos, se ficassem ricos, desviar-se-iam. Na Bíblia, vemos homens ricos como Abraão, Salomão e Zaqueu, mas vemos pobres como o apóstolo Paulo, Pedro e Jeremias.
Dizer que Jesus era rico, é fraudar o texto bíblico. Alguém que defende tal tese não merece credibilidade. Jesus no céu era realmente rico ( Ageu 2:8 ), mas, quando encarnou, abriu mão de toda sua glória e não foi rico quando esteve na terra (Fp 2:5). Veja:
Já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis ( 2 Co 8:9 ).
Nossas palavras têm certo poder e devemos ter palavras positivas (Pv 18:21). Entretanto, existe a soberania divina. Às vezes, mesmo declarando boas palavras, o que queremos Deus não virá a fazer. Ele é soberano e faz o que quer. Não é empregado de ninguém e tem vontade própria.
A Teologia da Prosperidade não é bíblica. É uma pena que renomados pregadores e de grande conhecimento, como Silas Malafaia, tenham-na aderido. Este, felizmente, não aderiu a ela como um todo. Por exemplo, ele é contra dizer que todos devem ficar ricos. Ainda defende a família e é contra o aborto. Apesar de de ter aderido parcialmente a Teologia da Prosperidade, tem feito boas obras para o Reino de Deus. Já outros pregadores foram ao extremo: absorveram a doutrina herética por completo e agora só pensam em dinheiro. O destino deles é o pior possível (Mt 7:22-23).
Não se deve confundir Teologia da Prosperidade com prosperidade bíblica. A primeira é extremista e herética. A segunda é bíblica, baseada no trabalho e no estudo. Como cristãos podemos estudar e trabalhar para termos uma vida financeiramente melhor. Entretanto, para o verdadeiro cristão, o reino de Deus é a prioridade (Lc 12:31).
Com Informações de: fonte: www.pregadorlucas.com.br/ Gospel 10
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