A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a pagar uma indenização por danos morais de R$ 25 mil para um trabalhador após um pastor de Belo Horizonte, irritado com um operador de som que não obtinha o efeito que ele considerava necessário para impressionar os fiéis, agredir o trabalhador empurrando o microfone em seu rosto. A igreja recorreu da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) no Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a condenação foi mantida.
Segundo a reclamação trabalhista, como o tratamento acústico das paredes do templo absorvia o som e não retomava reverberação, os pastores se irritavam e humilhavam o operador publicamente. Um dos pastores, além de chamá-lo de incompetente durante o culto, nos rituais de exorcismo apontava o dedo em sua direção e, de acordo com testemunhas, bradava: “Ali está o demônio, ele que estraga tudo, é aquele rapaz ali em cima. Queima este demônio aí em cima, queima, queima ele, mande ele embora, pois ele é o demônio que está estragando a nossa reunião”.
O trabalhador relatou que, em uma ocasião, um pastor reclamou que microfone estaria sujo e sem cromagem. Quando o operador explicou que o globo estava descascando por excesso de lavagem, foi pedido que ele cheirasse o microfone. Quando se aproximou do microfone, o pastor o empurrou com toda a sua força em seu rosto, machucando o nariz. Após a agressão, todos os pastores passaram a fazer piada com o trabalhador: “Cheira aqui, fulano”
Por meio de nota, a Igreja Universal informou que vai recorrer da decisão do TST. Veja, abaixo, a íntegra da resposta:
“Com referência ao Recurso de Revista nº 1778-30.2010.5.03.0136, a Igreja Universal do Reino de Deus respeitosamente discorda do teor da decisão da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e dela recorrerá”.
Com informações do Extra Globo
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