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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Bebês nos EUA e o Holocausto de Judeus na Alemanha Nazista

Exclusivo: Matt Barber defende comparação entre Auschwitz e clíninas de planejamento familiar


Recentemente, terminei de ler “Bonhoeffer”, escrito por Eric Metaxas. O livro, uma biografia de aproximadamente 600 páginas do influente pastor e teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, simplesmente mudou minha vida. No livro, Metaxas ilustra de forma brilhante como Bonhoeffer viveu e morreu conforme a admoestação de Cristo: “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:20).

Dietrich Bonhoeffer, pastor luterano alemão famoso por participar de conspiração para matar o ditador Adolf Hitler


Embora Bonhoeffer tivesse escrito vários livros amplamente lidos sobre teologia e apologética cristã, ele é lembrado principalmente por seu papel chave numa das várias conspirações alemãs para assassinar Adolf Hitler e derrubar o governo nazista. Por tal motivo, ele foi capturado e enforcado apenas semanas antes do final da 2ª Guerra Mundial.

Alemanha nazista era a própria essência da cultura da morte


Parece natural neste ponto viajar no território da resenha deste livro, que todos deveriam ler. Contudo, resistirei a essa tentação. Embora “Bonhoeffer” nos leve a pensar em vários temas teológicos, filosóficos e políticos, em mim o efeito foi me levar a ver a semelhança entre Alemanha de ontem e os EUA de hoje.

Quando li sobre os esforços de Bonhoeffer para frustrar a matança genocida de milhões de judeus, deficientes e outros “inimigos do Estado”, não pude evitar reconhecer os paralelos entre o vasto holocausto executado na Alemanha nazista apenas décadas atrás e o holocausto nos dias de hoje que está ocorrendo nos Estados Unidos.

Enquanto que os nazistas eram responsáveis pelo assassinato indiscriminado de mais de 6 milhões de judeus, os americanos de hoje que apoiam a prática do homicídio pelo aborto são igualmente cúmplices da matança sistemática de 55 milhões — e contando — de seres humanos igualmente preciosos depois de Roe versus Wade [decisão do Supremo Tribunal dos EUA que legalizou o aborto em 1973, permitindo hoje nos EUA o aborto durante todos os nove meses de gravidez — desde o momento da concepção até o dia do parto]. Os paralelos são inegáveis e a ciência é inequívoca. Assassinato é assassinato, seja qual for a fase de desenvolvimento da vítima humana.

Mais de 50 milhões de bebês em gestação já foram abortados pela insana lei em vigor nos EUA


As semelhanças fortes entre os dois holocaustos não se perderam nem em Dietrich Bonhoeffer nem Eric Metaxas. “A destruição do embrião no útero da mãe viola o direito de viver que Deus concedeu à vida que está se iniciando”, escreveu Bonhoeffer em “Ética”, seu último livro.

“Fazer a pergunta se estamos aqui já preocupados com um ser humano ou não é meramente confundir a questão. O fato simples é que Deus certamente teve a intenção de criar um ser humano e que este ser humano iniciante foi deliberadamente privado de sua vida. E isso nada mais é do que assassinato”, concluiu ele.

Aliás, o Salmo 139:13 KJA diz: “Tu formaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe”.

Assim, vem-me à mente que aqueles que se chamam “pró-vida” e colocam sua fé em prática na defesa dos seres humanos inocentes — tal qual fez Dietrich Bonhoeffer — honram a memória desse mártir cristão e o Deus que ele servia. Eles apanharam o manto. Eles estão prosseguindo o nobre trabalho que ele fazia.

Em contraste, se os ativistas pró-vida são Dietrich Bonhoeffers modernos, então o que são os que apoiam o aborto? Nos anos que precederam a 2ª Guerra Mundial e até mesmo durante a guerra, muitos alemães — que, em outros aspectos, eram pessoas geralmente boas — sucumbiram à propaganda nazista e aceitaram a horrenda perseguição aos judeus que se intensificou de uma lenta ebulição até se tornar uma torrente de chuva em brasa ao redor deles. Aliás, eles apoiavam exatamente o mesmo tipo de lixo semântico, eufemístico desumanizador adotado por aqueles que hoje se chamam “pró-aborto” e dizem que são simplesmente a favor do direito das mulheres “escolherem”.

É simplesmente assombrosa a capacidade humana de desculpar o genocídio.

Em 2 de fevereiro de 2012, Eric Metaxas fez a palestra principal no National Prayer Breakfast, evento nacional de oração realizado todos os anos em Washington, D.C. Ele foi claramente inspirado e influenciado pelo assunto de sua recente biografia.

Na mesma plataforma, a poucos passos, estava Barack Obama, o presidente mais radicalmente pró-aborto da história dos EUA. Numa exibição espetacular de determinação e coragem, Metaxas caminhou até o president e lhe entregou um exemplar de “Bonhoeffer”. Ele então deu um dos discursos mais fortes e estimulantes que já ouvi.

Embora o presidente Obama estivesse se contorcendo nervosamente em sua cadeira, Metaxas falou sobre seu livro e sobre o holocausto do aborto com clareza incisiva, dizendo, em parte: “Somos capazes das mesmas coisas horríveis… Sem Deus, não podemos ver que eles (os bebês em gestação) são também pessoas. Portanto, nós que sabemos que os bebês em gestação são seres humanos temos ordens de Deus de amar aqueles que não veem isso. Precisamos saber que sem Deus estaríamos do outro lado dessa linha divisória, lutando pelo que acreditamos ser certo. Não podemos demonizar nossos inimigos. Hoje, se você crê que o aborto é errado, você precisa tratar aqueles que estão do outro lado com o amor de Jesus”.

Aliás, a Bíblia nos admoesta a orar por nossos inimigos — amar aqueles que praticam o mal.

Contudo, temos também ordens de falar a verdade. Somos instruídos a odiar aquilo que é mau e lutar — na verdade, lutar até a morte se necessário — por aquilo que é bom.

Sem dúvida, serei acusado de demonizar os apoiadores do aborto ao igualar o genocídio do aborto ao Holocausto nazista. Serei acusado de violar a “lei de Godwin” que sustenta que: “Se uma discussão na Internet se prolonga por algum tempo, a chance de aparecerem comparações envolvendo Hitler ou nazistas se aproxima de 100%.”.

Tudo bem.

Entretanto, minha comparação não tem a intenção de ser um ataque contra pessoas. Aliás, não é um ataque. É simplesmente o que é. Identificar a inegável combinação entre o holocausto nazista e o holocausto do aborto nos EUA respectivamente para fazer uso da melhor analogia disponível. Não consigo pensar numa comparação mais apropriada. Se o calçado serve, como se diz, use-o.

De fato, o holocausto que os EUA estão cometendo não é menos real — não é menos maligno do que o holocausto que foi cometido pelo governo nazista. Simplesmente trocamos as câmaras de gás pelas clínicas de aborto — de Auschwitz para a Federação de Planejamento Familiar.

Eu amo os Estados Unidos. É o maior país da terra. Apesar disso, enquanto os EUA continuarem permitindo essa matança contínua dos seres humanos mais inocentes entre nós, os EUA não são melhores do que a Alemanha nazista. O aborto legal será visto pelos nossos descendentes como a maior praga na herança dos EUA.

Viver com o aborto legal nos EUA é viver debaixo de vergonha. Viver debaixo da liderança de Obama e outros políticos americanos pró-aborto é viver sob o Terceiro Reich.

Comentário de Julio Severo: Este artigo levou-me a uma importante pergunta. Sei, como seguidor de Jesus Cristo, que temos de amar nossos inimigos. Mas, ao usar o exemplo de Bonhoeffer, Barber entrou num território complexo. Bonhoeffer também cria que ele devia amar seus inimigos. E ele os amava. Mas, ao mesmo tempo, ele lutou ativamente para derrubar Hitler e ele ajudou ativamente o movimento para matar Hitler. Se os EUA e seu horrendo holocausto do aborto são tão malignos quanto a Alemanha nazista era, conforme indicou Barber, os cristãos americanos deveriam fazer menos do que Bonhoeffer e seus corajosos companheiros fizeram?

Traduzido por Julio Severo do artigo do WND: Abortion ‘holocaust’? If the shoe fits...

Fonte: www.juliosevero.com / O guarda de Israel

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