O artista cubano Erik Ravelo estreou sua nova exposição, batizada de “Os Intocáveis”. O propósito, segundo ele, é denunciar o abuso sofrido por crianças em diferentes partes do mundo. São sete imagens de crucificações, com um adulto servindo como cruz enquanto as crianças ficam na mesma posição que Jesus.
Mas quando Ravelo utiliza uma imagem tão familiar e sagrada para centenas de milhões de cristãos em todo o mundo, é inevitável que grupos religiosos se posicionem contrários a ela. Em especial os católicos que veem um padre servir como um símbolo de morte para crianças.
Seu autor parece não se importar. Ele formou-se na Academia Nacional de Belas Artes de San Alejandro, em Havana, Cuba. Já fez material para as campanhas da Organização Mundial da Saúde contra a violência, o uso de tabaco e de segurança no trânsito. Dois anos atrás, em uma campanha que desenvolveu para a marca italiana Benetton chamada “Unhate” [Não ao ódio] onde mostrando vários líderes mundiais se beijando. Uma das fotomontagens mostrava o Papa Bento XVI “beijando” Ahmed Mohamed el Tayeb, imã da mesquita de Al Azhar no Cairo.
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