Protestos contra o maior ataque para cristãos na história do Paquistão
Los cristianos se manifestaron en varias ciudades en Pakistán, pidiendo más esfuerzos al Gobierno en seguridad. / Fox News
“A paz e o diálogo ficam em entrelinhas”, disse Paul Bhatti, líder de Confesiones Minoritárias do país.26 DE SETEMBRO DE 2013, PESHAWAR
Na jornada da segunda-feira, centenas de cristãos saíram às ruas de Peshawar para fazer público seu protesto e mal-estar ante o atentado suicida na igreja de Todos os Santos, no que faleceram cerca de 90 pessoas, enquanto outra centena permanecem feridos.
O ataque suicida ocorreu quando os fiéis começavam a sair do culto para receber uma ajuda alimentária que se reparte a cada domingo no atrio. Um ramo talibã do país atribuiu-se o ataque, dizendo ademais que continuariam os ataques contra não muçulmanos até que Estados Unidos suspenda seus ataques com drones em uma remota zona do país.
O atentado tem provocado críticas para o Governo, por sua intenção de conseguir acordos com grupos extremistas islâmicos, para pôr fim assim aos brotes de violência que desde faz mais de uma década assolam o país.
“De que diálogo falam? Paz com aqueles que matam a pessoas inocentes”, disse Paul Bhatti, líder da Aliança de Todas as Minorias Paquistanesas, cujo irmão, um ministro federal, faleceu a tiros por um extremista islâmico no 2011.
“Eles não desejam diálogo”, disse Bhatti, “não querem paz”. “Nosso Estado e nossas agências de inteligência são tão débis que qualquer pode matar a qualquer em qualquer momento”, disse Bhatti.
O atentado chegou em um ambiente tenso político, pelas intenções do governo por negociar. “O diálogo não pode funcionar", diz o analista e escritor Razá Rumi, diretor de um os principais centros de estudo político do país. “Esta matança e o assassinato faz em uma semana de dois altos cargos do Exército no norte do país mostram que os radicais não têm nenhuma intenção de negociar, pelo que um hipotético processo de conversas não tem nenhum futuro”, razonó Rumi.
Os manifestantes cristãos bloquearam ruas e estradas em todo o país para protestar contra o ataque. Em uma das principais estradas para Islamabad, a capital, alguns manifestantes queimaram pneus, ainda que não se produziram maiores problemas.
A PIOR MATANÇA
As cifras de mortos acercam-se já à centena, e provavelmente se superarão já que entre os feridos há vários de gravidade. “Não tínhamos palavras ante o horror que tínhamos diante”, explicou o diretor da Une Interconfesional do Paquistão (APIL), o cristão Sayid Ishaq, quem visitou junto a diversas autoridades regionais às vítimas hospitalizadas.
“Não é só um atentado contra nossa minoria, senão também contra a humanidade deste país”, disse Ishaq, quem qualificou a situação depois do ataque “como a pior sofrida até agora pelos cristãos paquistaneses”.
Em Peshawar as manifestações têm congregado a várias centenas de pessoas, algumas das quais têm lançado pedradas contra as janelas do hospital Lady Reading, onde se encontra os feridos pelo atentado.
Segundo meios locais, os manifestantes alegam que a falta de pessoal sanitário nesse e outros centros da cidade provocou a morte de numerosos feridos.
Com informações do: Protestante Digital