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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Viúva diz não acreditar em prisão de assassinos de Cabo Bruno

Segundo ela, muitas pessoas teriam motivos para praticar o crime.
Ex-policial militar foi executado há 21 dias em Pindamonhangaba.


Cabo Bruno é assassinado um mês após ganhar 
liberdade (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
A pastora Dayse França, de 46 anos, viúva do ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, acredita que a polícia não identificará os dois homens que executaram há 22 dias seu marido em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo.

Segundo ela, os diversos crimes praticados pelo ex-policial, suspeito de chefiar um esquadrão da morte que atuava na capital paulista na década de 1980, podem prejudicar a conclusão do inquérito.

“Acho que não vai acontecer (encontrar os criminosos) porque muitas pessoas queriam fazer mal a ele. Não podemos ignorar essa realidade. Ele errou no passado e nunca negou isso”, afirmou Dayse em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (19). Ela deixou Pindamonhangaba com medo de retaliações.
Uma das obras do ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno. (Foto: Dayse França)Uma das obras do ex-policial militar Florisvaldo de
Oliveira. (Foto: Dayse França)

Cabo Bruno estava em liberdade há 35 dias, depois de cumprir 27 anos de prisão, quando foi assassinado em frente da mulher, do genro e da enteada.

Durante a prisão, um de seus passatempos era a pintura. Dayse, tentou vender os quadros pintados por ele em um leilão feito em uma rede social da internet. O leilão começou na quarta-feira (17) e foi concluído nesta sexta-feira (19). Nenhum quadro foi vendido.

"Ofereceram um valor muito pequeno, cerca de R$ 300 a R$ 400. Esse valor não paga nem o custo da tinta e da moldura. Sem contar o trabalho e burocracia que a gente enfrentava para levar as tintas e pincéis para dentro da cadeia”, disse Dayse.

Segundo ela, os quadros deverão ir para uma exposição, ainda sem local ou data definida. “Quero vender porque estou precisando do dinheiro, mas não por um preço muito baixo porque isso seria desvalorizar o trabalho dele”, afirmou.

Dayse era casada com Cabo Bruno desde julho de 2008.  Ela disse que os 35 dias que passou com o marido em liberdade foram uma "verdadeira história de amor".

Outro lado
O delegado Vicente Lagiotto, responsável pelo caso, reprovou a afirmação da viúva. "As investigações continuam. Claro que é possível encontrar, como os suspeitos podem não ser identificados, mas os trabalhos estão sendo realizados", afirmou. Ele não quis informar se já existem suspeitos do crime.

O guarda de Israel, com informações do G1

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