início

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Adolescentes indígenas são vítimas de turismo sexual

A ong norte-americana de combate ao turismo sexual de mulheres, Equality Now, divulgou em seu site que quatro indígenas brasileiras (naturais do Estado do Amazonas) entraram com um processo contra a empresa Wet-A-Line, dos Estados Unidos, acusando-a de tráfico sexual.De acordo com a Equality Now, a Wet-A-Line operava no Amazonas em parceria com a empresa Santana Eco Fish Safari, que tem sede em Manaus. Segundo a ong, a atividade aconteceu “durante vários anos”, até por volta de 2009. Em entrevista ao portal acritica.com, o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Melo, confirmou que as indígenas aliciadas por agências de turismo são do município de Autazes (a 118 quilômetros de Manaus).Segundo Melo, a prática de aliciamento e o estupro das meninas (todas com menos de 18 anos de idade) migrou para a região de Autazes depois do escândalo envolvendo empresários e políticos que faziam a mesma tipo de ativista turística no município de Barcelos.O naufrágio do barco onde estavam os aliciadores e as meninas, ocorrido há aproximadamente cinco anos, durante o qual algumas delas morreram, ajudou a escancarar o turismo sexual praticado no Amazonas.“Não havia essa atividade em Autazes. Quando estourou aquele escândalo, as agências de turismo de pesca foram para Autazes. E não eram apenas mulheres indígenas. Não-indígenas também eram aliciadas. Mas depois que saiu nos jornais novamente, a situação parou”, disse Melo. O indigenista disse também que tanto a Santana Eco Fish Safari quanto a Liga de Eco Pousadas, outra agência de turismo que promovia passeios pela região, foram denunciadas pela Funai no Ministério Público Federal. Em entrevista à Folha Online, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes, disse pelo menos 15 meninas foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair. O caso, segundo a reportagem da Folha Online, está em segredo de Justiça no Brasil.Em matéria publicada no dia 14 de junho, a Equality Now diz que as meninas afirmaram que, nos barcos de pesca, “receberam álcool e drogas e foram forçadas a manter relações sexuais com homens durante as excursões de pesca”.Elas afirmaram que, na época, tinham menos de 18 anos. A mais jovem tinha apenas 12 anos. Conforme o site, a Wet-A-Line já vem sendo investigada pela justiça brasileira.A Equality Now atua contra indústria do turismo sexual nos Estados Unidos há 15 anos. Com informações de:: Tribuna Do Juruá / o kaduko

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ATENÇÃO: Comentários ofensivos e de baixo calão não serão aceitos. Faça um comentário coerente; é importante pra nós. Obrigado e A paz aos de boa vontade.