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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mulher cristã é condenada à morte por tocar em jarro de água

Um tribunal paquistanês condenou à morte uma mulher cristã, mãe de cinco filhos, por blasfêmia, provocando a revolta de grupos de defesa dos direitos humanos. Mulher cristã é condenada à morte por tocar em jarro de água O Paquistão nunca executou um réu por blasfêmia, mas o caso acendeu a polêmica lei islâmica do país, que incentiva a ação de extremistas. O processo de Asia Bibi começou em Junho de 2009, quando ela foi buscar água enquanto trabalhava no campo. Um grupo de camponesas muçulmanas protestou, afirmando que uma mulher não muçulmana não devia tocar no jarro de água pelo qual elas também bebiam. Asia Bibi foi presa no vilarejo de Ittanwalai e indiciada ao abrigo da seção 295 C do Código Penal paquistanês, que inclui a pena de morte. O juiz Navid Iqbal, que a condenou à morte por enforcamento, “excluiu completamente” qualquer hipótese de a ré ter sido alvo de uma falsa acusação, afirmando que não há “circunstâncias atenuantes” no caso, de acordo com o texto do veredito. O marido de Asia, Ashiq Masih, de 51 anos, disse que pretende apelar da condenação da sua mulher, que ainda precisa de ser ratificada pela corte de Lahore, a mais alta de Punjab, antes de ser executada. “O caso é infundado e nós vamos entrar com um recurso”, declarou. O casal tem três filhas e dois filhos. Segundo ativistas dos direitos humanos e defensores das minorias, é a primeira vez que uma mulher é sentenciada à morte por enforcamento acusada de blasfêmia, no Paquistão. “A lei da blasfêmia é completamente obscena e precisa de ser revista na sua totalidade”, disse Ali Dayan Hasan, porta-voz da organização Human Rights Watch. Cerca de três por cento da população paquistanesa, que chega a 167 milhões de pessoas, é composta por não muçulmanos. Com Informações do Jornal de Angola / A Bola / Via: Ogalileo

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