Era uma tarde de sábado, quando eu e o amigo de pseudo Kissuk como o conheci, fomos de moto para mais uma pescaria. Estávamos esperançosos pois a probabilidade de pescar muitos peixes, principalmente tucunarés, era real.
Autor: Aldo Santos
Ao chegarmos próximo ao rio Poty, procuramos a entrada, mas o dono da propriedade fechou e antiga entrada, completando de arame farpado. Coisa que não nos agradou; mas procuramos outra entrada, e com insistência, achamos uma porém, ficava longe do local no qual iríamos pescar. Adentramos de motocicleta ao máximo dentro do mato e a escondemos, seguindo com dificuldade à pé.
Depois de caminharmos bastante, chegamos às margens do rio; devido à perca de tempo, a tarde já estava se findando.
Fizemos o reconhecimento do local e começamos a jogar os primeiros lances (tarrafadas) sobre as águas.
E como diz o marujo "o mar não estava pra peixe", incrivelmente não conseguíamos pegar nada! O tempo passava e já começava a escurecer, quando tínhamos pegado alguns peixes; mas nada satisfatório. Num certo lance, percebi que poderia ter acertado em um cardume, porque os "sopapos" eram constantes, mas também havia laçado um tronco de pau que estava submerso. Na tentativa de passar a tarrafa pelo tronco, a fim de não perder os peixes, derrepemte senti uma fisgada no meu pé que a princípio pensei ser uma abocanhada de uma piranha, e cai pra traz sentindo uma dor no pé e Corri pra fora da água pra ver o ferimento.
Já fora da água percebi dois furos, um mais fundo e outro mais raso, mas ambos bem perto do outro; Logo cheguei à conclusão que eu havia sido esporado por uma arraia fêmea, que tem dois esporões venenosos na calda. O sangue jorrava e a dor foi se intensificando e gritei pelo Kissuk que rapidamente se fez presente, tentando me convencer que deveríamos voltar, já que eu estava ferido; mas eu lhe disse: _ Não, Kissuk... Vamos continuar pescando; eu vou resistir à dor... Seja o que Deus quiser!.. O amigo Kissuk não ficou satisfeito, mas concordou em continuar a pesca.
Caminhávamos às margens, cada um jogando as redes mas não conseguíamos pegar mais nada, e o meu pé já estava muito inchado, latejando e doendo bastante.
Era tanta dor que eu me arrepiava! Mesmo assim eu insistia... e já quase não podendo por o pé ferido no chão, eu pedi ao amigo que juntasse as coisas para irmos embora, e assim ele fez.
Depois de tudo embalado, seguimos entrando na mata, enfrentando tocos, espinhos e garranchos na escuridão da noite. Como se não bastasse a minha dificuldade tínhamos que caminhar muito para chegarmos à motocicleta.
Em fim, pegamos a moto e fomos a percorrer uns 13 km para nossas casas. As dores já estavam tão insuportável, que eu já queria ir direto ao socorro médico.
Chegando, deixei o Kissuk em sua casa, e quase sem poder continuar pilotando a moto fui direto pra minha, onde achei amparo da minha esposa.
Me contorcia de dor na rede, mas sempre confiando no SENHOR. Milagrosamente, depois de alguns minutos as dores e arrepios desapareceram e o pé já não estava mais tão inchado e arrisquei dar uns saltos pra cima e incrivelmente as dores não voltaram a me incomodar; daí tomei um banho e fui com a minha esposa para a casa da minha sogra mais ou menos às 20:00 horas da noite.
* É claro que este episódio me serviu como uma lição. Embora ferido e no sofrimento das dores, eu resolvia a persistir na pesca, e o pior, sem ter mais nenhum resultado, pois não estava mais conseguindo pegar peixes.
Essa história retrata uma certa semelhança na vida de muitas pessoas que optam por isso ou aquilo, que além de não ter nenhum resultado, ainda trazem dor. Vale à pena persistir na falta de sabedoria e incoerência?.. Ou continuar sofrendo numa atividade sem prosperide? A sabedoria vem do SENHOR, Peça-o. Deixe que ELE lhe guiará pelo caminho certo e promissor. Porque ELE diz: Sem mim nada podeis fazer.
Que o senhor lhe abençoe em nome de JESUS! E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno. Salmos 139:24
Autor: Aldo Santos
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